segunda-feira, 15 de abril de 2013

A mecanização assume o comando: as organizações vistas como máquinas



Comentário do texto a mecanização assume o comando: as organizações vistas como máquinas

Sabe-se que, desde a Revolução Industrial, as organizações são programadas, organizadas como máquinas. Em sendo assim, passamos a pensa-las com certo mecanicismo, já que exigem de seus componentes, comportamentos predeterminados e – como o próprio nome indica – mecânicos.

Embora essa maneira de organizar-se tenha aumentado nossa capacidade de produção e facilitado aspectos do nosso dia a dia, a exemplo da facilidade em comunicação, em locomoção, alimentação, saneamento etc., os malefícios também são inúmeros: êxodo rural, degradação ambiental, desvalorização do homem... Estes aspectos são estudados e discutidos por cientistas de todas as áreas do saber.

A vida organizacional é caracterizada pelas rotinas metódicas e repetitivas que incluem rituais que devem ser seguidos à risca pelas pessoas, a exemplo da forma como encher um copo de café para servir a um cliente, fazer dobras de um embrulho seguindo determinado padrão, fazer uso dos dedos em determinada posição para realizar umas simples tarefa etc. que refletem a nossa maneira mecanicista de pensar as organizações, quando, na verdade, elas deveriam servir como instrumentos facilitadores nas relações.

Discente: Edla Gama



A mecanização assume o comando - As organizações vistas como máquinas

O texto de Gareth Morgan (1996) inicia apresentando os aspectos positivos e negativos da influência cada vez mais massiva das máquinas na nossa vida. Desde a utilização real (física) até as crescentes comparações que envolvem a mente, as organizações e as máquinas.

Morgan nos apresenta uma avaliação de desempenho dos trabalhadores de um restaurante de ‘fast food’ ele também trás os princípios da teoria da administração, organizados em um organograma isso para nos levar a compreender a relação intrínseca entre o pensamento mecânico e as formas que a nossa sociedade se organiza atualmente.

Há, aliás, toda uma história envolvida por trás do conceito de organização, que vai desde a história do Egito à revolução industrial, que disseminou as máquinas e que por sua vez influenciaram o funcionamento das organizações através da divisão de trabalho, a especialização crescente e por fim a burocracia.

De maneira geral as organizações apresentam em sua estrutura as ideias de hierarquia (um manda o outro obedece) e a ideia do geral acima do individual. Em seguida somos apresentados a Frederick Taylor que carinhosamente foi apelidado de “o maior inimigo do trabalhador” e que basicamente foi responsável por fundar o modelo que quase enlouqueceu Charles Chaplin em tempos modernos (1936) e que consiste na super especialização e fragmentação do trabalho e diminuição da responsabilidade e consequentemente do poder do trabalhador.

A expansão do modelo Taylorista se deu basicamente por aumentar a produtividade enquanto tornou os trabalhadores substituíveis e quase autômatos: baratos, fáceis de treinar e supervisionar. Não é a toa que Henry Ford fez fortuna aplicando esse sistema de produção. Entretanto é necessário também destacar a utilidade dos ideais de Taylor que regem boa parte do funcionamento de organizações importantes atualmente: caso dos correios, sistemas bancários, entre outros.
Apesar disso o próprio modelo organizacionista apresenta suas falhas: é um modelo até certo ponto engessado que tem dificuldades em sair de crises. Isso corre porque cada funcionário delega a responsabilidade para um acima de seu nível: o que pode gerar uma enorme bola de neve. Essa apatia em tomar atitudes que resolvam os problemas é proveniente justamente das ‘escolas’ e treinamentos que geram cada vez mais pessoas prontas para obedecer e não pra pensar por si próprias.

Está surgindo uma nova geração de sociedade mecanicista cada vez mais baseada nas máquinas do nosso tempo (que são tão inovadoras que chega a ser estranho chama-las assim); agora as palavras de ordem são rapidez, instantaneidade e inovação. Essa é a nova demanda não apenas dos instrumentos tecnológicos mais também das relações pessoais (a famosa modernidade líquida) surge, portanto, um novo modelo e cabe a nós pensarmos a respeito.

Discente: Taís Lima

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