terça-feira, 14 de maio de 2013

Motivação no trabalho & Linguagem do corpo, gestualidade e comunicação


Motivação no Trabalho (Gondim e Silva) & Linguagem do corpo, gestualidade e comunicação (Feyereisen e Lannoy)

O primeiro texto citado no título acima discute o conceito de motivação como “uma ação dirigida a objetivos, sendo auto-regulada, biológica ou cognitivamente, persistente no tempo e ativada por um conjunto de necessidades, emoções, valores, metas e expectativas” (Gondim e Silva 2004, p.146). Também é apresentado o valor que a motivação desempenha sobre as organizações que, sem dúvida, é composta predominantemente por pessoas que, estando desmotivadas representa “prejuízo” para a empresa, pois, quanto menos motivação, menos produtividade, dentre outros fatores. Abaixo estão alguns fatores que são inerentes à motivação:


  •    Ativação: que foca o estado inicial da pessoa, quer entender por quais estímulos a pessoa é ativada, se extrínsecos (relacionados à insatisfação) ou intrínsecos (relacionados à satisfação).
  •   Direção: que envolve o alvo da ação. Seria quando o indivíduo é determinado a desempenhar uma tarefa de acordo com aquilo que deseja alcançar.
  •   Intensidade: relaciona-se à força de ação, o que impulsiona a pessoa a seguir na direção suscitada.  
  •     Persistência da ação: consiste na perseverança da pessoa em alcançar o seu objetivo.

Há ainda inúmeros fatores motivacionais como os diversos benefícios, o ambiente físico da organização, a representação social do colaborador quanto ao seu trabalho, plano de carreira, bem como as demais necessidades já estudadas na “pirâmide” de Maslow.

Pode-se inferir com a leitura, que há relação entre motivação e produtividade, embora seja algo de difícil aferição, pois segue de pessoa para pessoa. Porém, contamos com uma importante contribuinte para ajudar a diagnosticar a desmotivação de um funcionário: a linguagem do corpo, os gestos que são formas de comunicação, pois transmitem uma mensagem, como sugerem Feyereisen e Lannoy.

Os movimentos do rosto e corpo, os gestos, a postura, a aparência física comunicam pensamentos, emoções como uma maneira de expressão mais natural, nos fazendo, enquanto observadores, ter uma impressão do que está acontecendo com os componentes de uma organização. Muitas vezes os gestos são espontâneos, feito os atos falhos, outras, são propositais, conscientes. Há os gestos personalizados da satisfação, bem como os da insatisfação. Abaixo segue uma pequena lista de gestos e possíveis significados:


  •   Ausência de gesticulação = comunicação desprazerosa;
  •   Autoagressão = timidez;
  •  Bocejo = sono, desinteresse;
  •  Braço cruzado = autodefesa;
  • Coçar a cabeça = dúvida, insegurança;
  • Manipulação contínua de objeto = ansiedade


A partir de uma percepção astuta do que pode estar ocorrendo durante um seleção de trabalhadores ou no interior da organização, pode-se inferir para qual cargo a pessoa seria melhor adaptável, pode-se planejar estratégias para intervir no clima organizacional cuja importância para o bem-estar dos funcionários é imprescindível para o desenvolvimento do trabalho destes. Para tanto, é imprescindível interpretar as mensagens adequadamente.  

GONDIM, S. M. G; SILVA, N. Motivação no trabalho. In: ZANELLI, J. C. BORGES-ANDRADE, J. E. BASTOS, V. B. (Orgs.) Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004.

FEYEREISEN, P; LANNOY, J.D. Linguagem do corpo, gestualidade e comunicação. In: CHANLAT, J.F. (Org.) O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1994.


Discente: Edla Gama.


Motivação no trabalho e Linguagem do corpo, gestualidade e comunicação

O texto motivação no trabalho de Gondim e Silva define, contextualiza e desenvolve a definição de motivação, conceito amplamente trabalhado nas teorias da psicologia, principalmente as que envolvem as perspectivas organizacionais;
Motivação por conceito deriva do latim motivus, que significa mover, assumiu o significado de “tudo aquilo que pode fazer mover” ou ainda “aquilo que causa ou determina alguma coisa”. Motivação implica então em ação.

É sob a perspectiva de que a motivação é cada vez mais um conceito que evidencia aspectos biológicos, históricos e culturais que os autores do texto traçam um breve, porém detalhado histórico acerca das teorias motivacionais.

Os autores categorizam três modelos da motivação – são eles: os que dividem as teorias da motivação em dois grupos (teoria do conteúdo e teoria de processo); os que (re) classificam as teorias de motivação sob os aspectos de conduta e de cognição. E o modelo que ordena as teorias da motivação de acordo com sua proximidade da ação.

Nessa seção do texto; os autores aprofundam as teorias e seus contextos históricos o que não me cabe aqui, entretanto gostaria de destacar os principais conceitos acerca da motivação e sua relação com conceitos como satisfação e desempenho. Esses outros fatores, que mediam essas relações, são importantes entre eles está: o significado que o trabalho realizado possui para quem o realiza; O sistema de recompensas e punições das organizações; A relação com a gerência e com os companheiros de trabalho; Convergência entre os valores individuais e organizacionais. 

Faço aqui um breve aporte com o segundo texto trabalhado por nós Linguagem do corpo, gestualidade e comunicação de Pierre Feyereisen e Jacques Dominique De Lannoy que destacaria como a linguagem corporal pode, por exemplo, ser vista enquanto fator importante de mediação no ambiente de trabalho.

Através da linguagem corporal pode se passar uma ideia de motivação ou desmotivação e esse é um fator importante a se considerar. E assim como a motivação envolve aspectos culturais e sociais, exibimos diferentes comportamentos em diferentes situações, não é mesmo?

Pierre e Jacques destacam no seu texto a existência de elementos intrínsecos ao repertório comportamental humano onde surge o medo, a agressividade, aspectos sociais e de gênero além dos motivacionais. 

Os autores classificam os estudos acerca da linguagem corporal em três grandes grupos: aqueles que analisam a importância/conteúdo da linguagem corporal; aspectos filogenéticos da linguagem corporal; e a comunicação não verbal enquanto sistema próprio.

A etiologia é um importante aporte teórico tanto para os estudos motivacionais quanto para os de linguagem do corpo. Afinal o que nos motiva enquanto espécie? O que motiva as espécies de uma forma geral? Ontologicamente foi se buscar a raiz dos sistemas motivacionais em indeterminadas situações, ou seja, de onde vem à motivação humana/animal? Os animais tem na procriação um ato instintivo de perpetuação da espécie, mas há muito tempo já o ser humano não se relaciona sexualmente apenas por objetivo de reprodução. Da mesma maneira se dá a alimentação: o animal alimenta-se pela necessidade; no ser humano essa necessidade é permeada por outro fator intrínseco a motivação: o desejo.

Esses estudos lançam luz sobre determinadas questões: agrupando seções com características similares (idade, sexo, classe social) pesquisadores analisavam as maneiras de reagir e se comportar aos estímulos, essas repostas compôs o amplo repertorio motivacional que o ser humano pode apresentar: nem sempre o que me motiva vai motivar o fulano A, B ou C.

Isso ocorre porque comportamentos pertencentes a um mesmo grupo dependem e envolvem fatores diferentes, assim uma forma de modo de produção, recompensa ou punição pode ser extremamente motivadora para algumas pessoas enquanto para outras pode funcionar como causa de insatisfação.

É por essa razão que tem se desenvolvido tantas pesquisas sobre a motivação humana buscando adequar teoria a prática; os autores de ‘Motivação no trabalho’ destacam a necessidade de ampliar e desenvolver as comprovações e aplicações desses estudos. 

GONDIM, S. M. G; SILVA, N. Motivação no trabalho. In: ZANELLI, J. C. BORGES-ANDRADE, J. E. BASTOS, V. B. (Orgs.) Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004.

FEYEREISEN, P; LANNOY, J.D. Linguagem do corpo, gestualidade e comunicação. In: CHANLAT, J.F. (Org.) O indivíduo na organização: dimensões esquecidas. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1994.


Discente: Taís Lima


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