Entre sofrimento e reapropriação: o sentido do trabalho
Saliente-se que o “novo” estimula a
conduta dos trabalhadores, facilitando a comunicação entre os mesmos, oque os
motiva. Por outro lado, esse mesmo “novo” pode ser tratado com indiferença ou
com a denúncia, o que incorre na resistência às mudanças. Isto exige um saber
olhar e lidar da organização para com os seus colaboradores. Tornando importante
apresentar, com clareza, as novas propostas.
Como não dá para separar vida pessoal
da vida organizacional – até mesmo pelo fato de as duas esferas comporem a
socialização do sujeito –, verifica-se que há necessidade de formação de cidadãos
que colaborem com a empresa, que ousem falar, que escutem. A organização deve
fazer sua parte ao não se eximir de suas responsabilidades para com os seus trabalhadores
que buscam no trabalho o sentimento de si, a
dignidade.
DEJOURS, C. Entre sofrimento e
reapropriação: o sentido do trabalho. In: LANCMAN, S. SZNELMAN, L. (org.). Da psicopatologia à psicodinâmica do trabalho. Rio de Janeiro: Ed.
Fiocruz, 2004.
Discente: Edla Gama
Entre sofrimento e reapropriação: o sentido do
trabalho
Dejours prossegue no texto 'Entre sofrimento e reapropriação:
o sentido do trabalho' trazendo aspectos envoltos nas construções trabalhistas
do padecer se aprofundando progressivamente em fundamentos psicanalistas o
autor dimensiona o trabalho em três esferas: o sujeito, o real, e o outro.
Sob essas três perspectivas, Dejours apresenta ações e
iniciativas que podem auxiliar e tornar o ambiente trabalhista menos patogênico;
espaços de discussões (formais e informais), a verdadeira ação de escutar, por
exemplo, podem dar aberturas para aspectos e demandas abafadas pela opressora
realidade cotidiana do proletariado. Dessas formas veem a tona aspectos pessoais
e inconscientes da realidade trabalhadora que, muitas vezes, podem estar agindo
como empecilho para a operalização de um ambiente organizacional
intrinsecamente produtivos.
Em seguida Dejours evidencia dois aspectos que se
fazem presentes nas organizações: a indiferença e a denúncia - se a primeira
surge como uma resposta última a experiencias anteriores (esta, aiás, me
relembrou a critica generalizada que Dejours aponta ao inidividualismo - que é
visto como causa de problemas e não consequencia); a denúncia surge como uma
espécie de oposição a indiferença e quando exarcebadas ambas podem estar
implicadas na mal gestão de comunicação. Assim Dejours pincela algumas
considerações sobre a esfera do trabalho (a esfera real), a esfera social (o
sujeito/construção social) e também a esfera amorosa (a esfera do outro).
O ser humano é como conhecido incompleto, mas disparidades
em uma dessas esferas intensifica essa não completude podendo levar para
aspectos patológicos e somáticos. É então um mito (derrubado?) acreditar que o funcionário
pode ao "vestir a farda da empresa" incorporar uma personalidade
paralela, o trabalho assim inevitavelmente interfere nas esferas pessoais,
sociais e domésticas assunto abordado no próximo resumo.
DEJOURS, C. Entre sofrimento e repropriação: o sentido
do trabalho. In: LANCMAN,S. Da psicopatologia á psicodinamica do trabalho.
2004.
Discente: Taís Lima
Como não dá para separar vida pessoal da vida organizacional – até mesmo pelo fato de as duas esferas comporem a socialização do sujeito –, verifica-se que há necessidade de formação de cidadãos que colaborem com a empresa, que ousem falar, que escutem. ASSIM, O SUJEITO SE TORNA MAIS CRIATIVO, CRESCE, AMADURECE...TEM LUGAR MELHOR PARA EXERCITAR ISTO DO QUE A ORGANIZAÇÃO EM ESTUDAMOS?
ResponderExcluirPois é! rs
ResponderExcluirObrigada pelo comentário.